O espaço de divulgação da Comissão de Reeducação Ideológica e Propaganda d'O Partido

terça-feira, setembro 19, 2006

RIS - "O camarada e camarada e nem sabe disso!"


"Cascao, o sem cabeca"


Este trata-se claramente de um camarada intemporal. Durante a sua vida (que nao tem tempo nenhum) coube-lhe o papel de defensor da burocracia, quer por forma da discussao ou teorizacao da mesma, quer, por necessidade, pela forca das armas (cujas suas preferidas sempre foram o mosquete "encedendedor espanol doble flama" e um piassaba).

Cascao desde sempre adormecera e acordara a pensar na burocracia (por falta de melhor, sua mae utilizava impressos do mes que vem para lhe servir de almofada, bem como a metade da copia da biblia das galinhas presbeterianas que nao tinha ardido em 55). Foi, nos seus tempos (que nao existem), dado a quezilias com os casais la da terra por estes levarem mais de um ano a registar as novas ovelhas do rebanho (para este o registo sempre mais importante do que "ter uma pia baptismal entre a lareira e o curral", palavras suas). O seu excesso de agressividade provem do tempo em que perdeu a cabeca pela revolucao francesa, sendo que, desde ai, tem de a carregar num saco transparente da mango para poder ver por onde anda. Tudo isto apenas por ter gritado na rua: "Nao estou nada contentinho! Ai nao que nao! Serei o unico que se enxerga aqui? Voces vestem-se todos muito mal!".

Todos sabemos que a Franca naquela altura era a Italia dos nossos dias e ninguem gosta de ouvir que os seus trapinhos sao... trapos (ha assuntos que devem ser levados a serio porra!). Cascao teve assim direito a um bilhete de ida (do qual apenas pagou os custos de manutencao, que luxo) ao arquipelago gui-lhotina, tendo por brindo o saco onde agora se transporta em parte-time-full-time.

Sempre fervoroso, teve o seu auge na defesa das tabuas dos 33 burometros, sua missao aquando no territorio esloveno numa luta contra o exercito dos camones. Era dos pincaros gelidos que destruia os adversarios, lancando toros com ditados burocraticos neles cravados, e chuteiras de futebol do seculo passado que pesavam que nem bigornas. Desaparecido faz longo tempo (ha quem diga que se encontra num lar de repouso em alcoitao ou entao que se perdeu nas montanhas porque, desde que era pequenito camarada, queria chegar "la acima dali").

Independentemente do paradeiro este representa um camarada a relembrar. Existem mesmo excursoes, com inscricoes abertas, para procurar o camarada na neve (unicamente no periodo de inverno porque nas restantes estacoes as diligencias viram-se para a caca ao gambozino).