O espaço de divulgação da Comissão de Reeducação Ideológica e Propaganda d'O Partido

quarta-feira, agosto 30, 2006

As camaradas das faccoes

Eu, camarada, como membro da Comissao de Reeducacao e Propaganda Ideologica que aqui represento, venho fazer um pedido de esclarecimento quanto as diferentes faccoes existentes n'O Partido. Dirijo-me particular-me aos camaradas Tze-Zze (B.A.T.I.D.O), As-Sopro (F.I.B.R.A.) e camarada Sai Baba (da faccao quasi-monarquica), para que apresentem esclarecimentos acerca de cada uma das suas faccoes sob forma de pequeno documento informativo que permita a Comissao de Reeducacao e Propaganda Ideologica fazer uma analise sobre os mesmos. E preciso tornar claro aquilo que cada uma representa. O tempo urge! E neste periodo de movimento no OP e necessario que os camaradas acompanhem!

OP! OP!

segunda-feira, agosto 28, 2006

RIS "Quem e a burocracia mais bonita, quem e?"

" Laibach"

Para os camaradas, temos esta semana um video. Esta banda tem o selo de aprovacao dos dois recentes membros da Comissao para a Reeducacao e propaganda Ideologica. Apenas um aviso para os pequenos camaradas que possam presenciar. Nao se deixem levar por catalogacoes faceis daquilo que esta perante vos. Nem sempre o que parece e, havendo neste caso algo mais que o obvio. Nao vao por explicacoes obvias.

RIS 70 x Queque



"Salberto Mandao"

O OP representa um conjunto burocratico que nao tem necessariamente uma identidade terreitorial especifica. Nao obstante, torna-se claro que, o facto de este ter a sua genese em camaradas, os quais por sua vez sao todos oriundos deste pais, Portugal, existe um forte elo de ligacao a este nosso canto de continente. Esta semana cabe-me chamar a atencao dos camaradas para a zona do nosso pais chamada de a "porta das traseiras de Alcacer Quibir", a terra do Salberto Mandao. Chama-se assim porque este lider deve julgar-se o D. Sebastiao da nova republica.
Varias vezes e apontado como o grande e unico responsavel (porque de facto este deve fazer tudo sozinho, ate a cama todas as manhas quando chega da tasca24x24) pelo desenvolvimento daquela zona e grande impulsionador de massas e folhados (pudera, nunca mais ninguem conseguiu sequer aquecer a cadeira daquela posicao politica). Malabarista por natureza e troca-albardas do lado da tia, reconhecesse-lhe a incapacidade de manter a pigmentacao da face numa tonalidade leve de vermelho (sempre foi adepto da moda do vermelho garrido), bem como a necessidade de aparecer em frente das camaras para partilhar perdigotos vernaculares.
Os camaradas devem reconhecer que se trata de vil personagem, que se delicia com bolos de gengibre. A zona floresce com palas (dizem que por causa do sol), enquanto lideres se pintam de ouro e vendem-se a multidao por meio da chacota a quem esta longe. Este claramente nao da credito a camaradas, oferecendo palavras doces em troca de pagamentos mensais avultados. Tenham cuidado camaradas! Este e o tipo de lider que nao respeita ninguem muito menos a burocracia! So nao a desrespeitou mais porque e esta que lhe paga o salario. Isto nao e respeito.
Cabe-me salutar cortes orcamentais e reducoes mandatarias. Porque nao se pode viver da politica para sempre. Se lhe dessem tempo acabava com o resgisto individual obrigatorio e punha tudo de chanatas e tambor na calcada.

A burocracia tem de prevalecer!

RIS - "O Camarada e Camarada e nem sabe disso!"

"O Camarada Jazigo"


A rubrica de hoje sera curta. Nao se trata de um caso de falta de inspiracao (ou trabalho coff coff...) mas sim por razoes de pesar. A sombra da morte de uma camarada cai sobre nos. O Camarada Jazigo, trabalhador de longos tempos nas minas de mercurio burocraticas, nao esta mais entre nos. Desde que me recordo, este sempre deu o duro nos tuneis da mina 13, sob o olhar atento do supervisor Queiroz (e o marido da minha prima que fez questao que o mencionasse...) , dia e noite, noite e dia, e algumas tardes de feriados. Tinha recebido faz pouco a distincao de Picareta do mes o que torna ainda tudo mais tragico. As minas serviam a producao de termometros comemorativos da burocracia que eram introduzidos como brindes no interior dos bolos-buro-ei e posteriormente vendidos nos locais normais, por alturas do natal. De notar que fala-se agora na possibilidade de encerramento.
Quanto ao Camarada Jazigo, este foi vitima de acidente. Apesar de nao serem adiantados grandes detalhes e de as testemunhas nao se mostrarem capazes de descortinar detalhadamente o sucedido, ha algumas descricoes da situacao. Aparentemente este estaria em pleno passeio pelo espaco publico presente na foto (tirada por uma camara nocturna momentos antes do acontecimento), quando se gerou a sua volta um motim. Ora este dito motim tera aparentemente sido desleal e segurou-o ali no sentido de o entediar. Como se chegou dai ao falecer do camarada e uma incognita. Apenas se sabe que nesse curto espaco de tempo foi pronunciada a palavra elefante. Custa perder um camarada assim. Mesmo assim.

A maquina nao para e os camaradas tambem nao!!

sábado, agosto 26, 2006

Pequeno Manual do Pequeno Camarada (pMpC)

Capítulo (-) I

NOTA EDITORIAL: O ˝pequeno Manual do pequeno Camarada˝, apesar de obra elaborada e aprovada pela Comissao para a Reeducacao Ideológica e Propaganda, é passivel de múltiplas interpretacoes por parte dos pequenos camaradas, especialmente aqueles na idade-da-inocencia-de-oiro. Por estas e por outras, o CRIP recomenda a sua leitura sob supervisao de um Camarada de reconhecida lucidez burocrática e capacidade cognitiva. O mesmo já nao se aplica aos Camaradas que optam por ler a obra para, de forma nostálgica, revisitar o pequeno Camarada que ha em cada um de nós.

Título: Camaradagem na Porcalhota.

Índole: Capítulo Negativista (-I)

Público-alvo: Maiores de 6 anos.

Observacoes: O segmento literário que se segue encontra-se contra-indicado aos pequenos camaradas leitores com historial de perturbacoes do sono (episódicos ou crónicos). Em caso de duvida, ler sob a supervisao de um camarada com treino em assistencia psiquiátrica.

...

Era uma vez um Rei.

ATENCAO AOS APOIANTES DE REGIMES MONÁRQUICOS, PEQUENOS CAMARADAS!

Este Rei vivia no seu Reino e governava só, num regime absolutista.

CUIDADOS REDOBRADOS ESPECIALMENTE REGIMES ABSOLUTISTAS!!!

Era um monarca bom justo e bonito. Claro que o Rei tinha muitas outras qualidades, mas eram estas tres que lhe enchiam o orgulho. Tratava bem os seus subditos (quem quer que fossem e onde quer que estivessem), com bondade e justica. E, bolas, era bem jeitoso.

Todos os dias, o Rei dava grandes voltas no seu Reino e apreciava todos os pormenores do imenso espaco que governava. Esta era uma tarefa diária mas nada enfadonha, pelo contrário – era um verdadeiro prazer verificar se estava tudo em ordem e rectificar o que necessitasse de rectificacao. Mesmo após tamanha actividade, o Rei nao se rendia aos dúbios prazeres do marasmo e retomava ao seu treino cultural. Ora lia textos, ora os escrevia para rele-los mais tarde. Passava-se o mesmo com as suas canconetas, embora neste caso o prazer fosse simultaneo…

PEQUENOS CAMARADAS, SÓ O SOLIPCISMO É DESCULPÁVEL (DESDE QUE DEVIDAMENTE COMPROVADO POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE), NUNCA O VIL EGOCENTRISMO!!!

Culto, bondoso, justo e bonito. Era, pois, por isso que se interrogava frequentemente qual a causa de nunca ter encontrado nas redondezas uma nobre dama disposta a auxiliá-lo nas suas árduas tarefas diárias. E claro!, alguém que o respeitasse, entendesse e venerasse q.b. Mas se mesmo ele nao possuia todas as respostas, porque se havia de preocupar?

Era, portanto, uma vida de rei. Nao fosse pelo reino vizinho, aliás, seria uma vida de perfeita paz interior. Mas o Rei nao conseguia deixar de se fascinar pelo estranho comportamento dos habitantes vizinhos. Comportavam-se de forma completamente organizada sem que, no entanto, se conseguisse distinguir com clareza qual o seu Rei, quem mandava! Sentia por vezes um estranho sentimento de curiosidade e excitacao ao fantasiar como seria pertencer aquele reino e, melhor, reinar todo aquele territorio e as suas gentes. Era uma sensacao tao incontrolável e contagiante que o Rei mantinha todas as suas janelas cobertas com tapecaria persa, para evitar assistir aquele espectáculo todos os dias.

Houve uma noite, porém, que o Rei passou a magicar uma estratégia para visitar o reino vizinho e conhecer quem o governava. Pensou imenso, inventou diversas estratégias mas, apesar do seu rigoroso regime de treino teórico, nada se assemelhava a um bom plano. E, um pouco desiludido com o desperdício de serao, foi-se deitar.

Era o seu sonho favorito, que sorte! O Rei passeava pelo seu reino, revia mentalmente a sua coroacao vezes sem conta, olhava-se no espelho e pasmava-se com a sua beleza. Sorria, acenava por vezes `as vozes que o aclamavam. Vestia a sua armadura da invencibilidade suprema e, fazendo-se acompanhar da sua pena e da sua lira de sete cordas, partia para a descoberta (e conquista cultural) do estranho reino vizinho!

Mas no estranho reino vizinho as coisas era diferentes. Nunca ninguém o reconhecia, apesar da elevada frequencia das suas visitas, o que lhe provocava alguma frustracao. As pessoas nao paravam para ouvir os seus versos, nem para dancar ao som das suas rimas. Tambem os edificios comportavam-se do forma estranha, esquivando-se ao seu toque, exalando vapor com cheiro de pasta de papel que abafava a sua refinada fragancia a flores-uvas hispanicas. Até as janelas e os vidros se recusavam a reflectir as suas belas cores, emitindo uma calma claridade acinzentada. E, como se isso nao bastasse, pequenos lemures insistiam em afixar numerosos cartazes nas suas imediacoes, contendo estranhos conteúdos como ˝Cuidado, que é Rei!˝ ou ˝Nao reinar a desgraca alheia!˝. Nem estes respondiam quando o Rei os interpelava. O Rei achava tudo isto muito pouco hospitaleiro e ligeiramente ofensivo, pelo que acabava sempre por regressar a casa muito antes até do recolher obrigatório imposto por si próprio (remanescencias da sua educacao britanica).

A DEFESA DA BUROCRACIA IMPOE-SE PERANTE TODOS OS SEUS INIMIGOS, PEQUENOS CAMARADAS! MESMO PERANTE AQUELES QUE NAO SE RECONHECEM COMO TAL!!!

Alvorada. O Rei tinha falhado. Outra vez. Mesmo depois de tanto planeamento, a missao de se misturar com os seus pictorescos vizinhos, de lhes descobrir as motivacoes e de, talvez, governá-los tinha-se frustrado. Apesar de tudo, o Rei nao controlava os seus sonhos. Entao, ainda cego pelo orgulho e manchado pela vergonha, o Rei levantou-se e dirigiu-se `a sua janela, para contemplar o que nunca seria seu.

POR TODAS AS RAZOES IMPLÍCITAS, O REI NUNCA SERÁ UM BOM CAMARADA!

segunda-feira, agosto 21, 2006

RIS "Quem e a burocracia mais linda, quem e?"

"Encontro 2"



Continuando na senda da foto anterior, a apresentacao desta semana representa a peregrinacao anual de milhares de camaradas burocraticos. Como qualquer bom camarada, o objectivo destes e chegar la acima. Ja no grande Livro da Burocracia encontravam-se escritas as palavras do Grande Senhor da Burocracia: "Segui por esse caminho e has-de chegar la acima rapidinho". Acho que estas palavras guardam a sabedoria concentrada de seculos e seculos burocraticos. Vamos camaradas, la acima.

RIS "70 x queque"


"Pura Buro"



Ja existem exemplos legais claros de como a burocracia e utilizada como meio de obrigar os individuos a pensar e reflectir naquilo que fazem ou vao fazer. E uma burocracia criada no intuito de dificultar o acesso a determinado bem ou a um estatuto. Deste modo, quem o decida levar avante, nao so tera a devida publicidade de como o vai realizar, mas tambem sera obrigado a contemplar a sua posicao e o significado que tem o preenchimento de um carrinho de compras de papeis, em relacao aquilo que deseja alcancar com isso. Nos dias que correm, podem ate existir pessoas que julgam que os tribunais sao lentos, porque a burocracia e demasiada e deviam era 'por esse bando de criminosos atras das grades'. Desenganem-se. A burocracia nao pergunta ao reu: 'olha la, nao queres fazer aqui uns quantos rabiscos e vir passar umas feriazitas descansado, com pensao completa, e claro, la para os lados de alcacuz?'. Nada disso. Esta nao e a verdadeira burocracia.

Ponto.

Ha sim situacoes em que a burocracia pode intervir. Para aqueles que se querem iniciar na vida criminosa mas ainda nao desenvolveram todas as suas apetencias para tal, ou falta-lhes um pouco de experiencia, poderia-se , por exemplo, adoptar um distico brilhante a ser utilizado na testa do de cujos, o qual seria facilmente reconhecido pela policia. A vantagem nisto seria que, os agentes policiais, perante o avistar do dito distico, dariam um desconto (ainda maior do que dao aos restantes...) de inexperiencia e aprendizagem, apenas correndo atras destes a meia-velocidade cruzeiro e nunca a todo-o-gas (2km/h). Claro que este distico, seria precedido pelo preenchimento de uma passadeira de formularios requisitorios, que dariam tempo ao pretendente a vantagens velocisticas de perseguicao, de reflectir sobre o seu possivel futuro criminoso.

A burocracia poderia ser tambem instrumentalmente adjuvante (sobretudo nestas epocas de ferias) para a diminuicao de condutores sob o efeito de alcool. Poder-se-ia desenvolver uma estrutura de substituicao de todos os veiculos motorizados por 'lowriders' com estruturas hidraulicas (aqueles automoveis desengoncados cujo o movimento mais parece o de uma ra com solucos). Simultaneamente, criar-se-ia a obrigacao de apresentar a certidao de nascimento e o boletim de vacinas (bem como o boletim medico onde esteja expressa a inexistencia de qualquer alergia ao alcool, cevada e afins) no acto de compra de cada unidade individual de alcool (ou seja, seriam necessarias seis apresentacoes formais dos referidos documentos por cada 'six-pack'), acabando-se tambem com a existencia de garrafas ou latas de qualquer genero de bebida alcoolica com mais de 33cl. Estas duas inicitivas, em conjuncao, iriam implicar drasticamente, ou mesmo obliterar, o numero de acidentes na estrada.

Aqueles que julgam que a burocracia so complica aprendam, pois aquilo que alguns chamam de complicacao e a pureza burocratica a orientar o nosso caminho. Pois ate os iluminados ja sabem que o Nirvana e burocratico.

A burocracia tem de prevalecer!

RIS "O Camarada e camarada e nem sabe disso!"


"Ze o Prego"

Comeco por afirmar que este camarada teve uma vida dura. Sem pai nem mae, claramente originario de uma aleatoria geracao espontanea, cedo aprendeu a snifar cola em sacos de plastico da natura. Como se isso nao fosse humilhacao suficiente, alimentou-se durante anos, a base de rebucados do Dr. Bayard fora do prazo de validade. Nas ruelas por onde deambulava chamavam-lhe 'Prego' por causa de um episodio 'de cola' em que, convencido que se tratavam de bolinhas de sabao coloridas que este arrebentava com a testa, construi o estrado de madeira do maior restaurante la da esquina, o 'Tio Nelas'. Este acabaria por ser o seu primeiro trabalho.

Mas entao, qual e o seu papel burocratico?

Trata-se de mais um camarada que passa despercebido por se encontrar em lugares remotos, fora do alcance frequente dos restantes camaradas. Quando, apos anos de vicio, decidiu deixar a cola UHU amarela (sua favorita), conseguiu um trabalho no arquivo central burocratico (o que demonstra o papel reeducador da grande burocracia). Ninguem o ve mas como julgam que toda a papelada de anos e anos nos chega as maos impecavel, sem sinais de po ou sujidade? Mesmo seguindo na direccao de um burocracia informatica, sera sempre importante o manter da historia burocratica, o assegurar que todos os elementos historicos burocraticos permanecem inalterados agora e no tempos que estao para vir. O credito deve entao ser dado a quem o tem tido, e continuara a ter por certo, pois tem sido Ze, na sua pratica de 'snifo', que tem assegurado a apresentacao impecavel da nossa burocracia. Sem desvendar demasiado, pois o segredo e a base do negocio, e impressionante observar o modo como este trabalha, apresentando um poder de succao suficiente para reduzir o po e sujidade a zero, mantendo intacta a nossa burocracia. Trata-se pois de um verdadeiro trabalho de reabilitacao e revitalizacao burocratica.

A maquina nao para e os camaradas tambem nao!

domingo, agosto 20, 2006

Mensagem da CRIP

Camaradas!

Aproveitando um período de maior (mas brevíssima) inactividade de publicacao de textos burocraticamente sagrados no vosso ABC da Burocracia, venho por este meio reiterar a importancia de a CRIP receber os vossos comentários como forma de validacao externa. Relembro que as ˝Rubricas de Informacao Semanais˝ (RIS) servem a reeducacao regular dos camaradas e devem ser religiosamente seguidas e comentadas pelos mesmos. Relembro também que as ˝Biografias de Grandes Burocratas˝ e o ˝Pequeno Manual do Pequeno Camarada˝ (pMpC) que se encontram sob elaboracao nao sao documentos estanques e incontestáveis e, por isso, quer-se a discussao de pontos que os camaradas achem mais sensíveis.

E como, infelizmente, a inspiracao nao é uma torneira de rega de campos de batatas, venho por este meio lancar um desafio a todos os camaradas mais activos: a colocacao de comentários no post Cap -II do pMpC, respondendo `a questao "Um dia fui um bom pequeno camarada porque ... ?". Cada comentário deverá descrever uma breve história verídica proveniente das remanescencias buro-infanto-juvenis, sem limite de número de comentarios por camarada.

Camaradas!!! Encarem isto como um incentivo e estímulo `a creatividade da CRIP na elaboracao das sagradas publicacoes, bem como uma oportunidade de desenterrar e apaziguar memórias que, por alguma razao, ficaram recalcadas!Relembro ainda que podem esperar a publicacao do primeiro Capítulo Negativista (Cap -I) do pMpC - ˝Camaradagem na Porcalhota˝- até ao final do mes. Deixo-vos aqui um pequeno preview...


Viva a Camaradagem!

Viva a Burocracia!

OP!!! OP!!! OP!!! OP!!! OP!!! OP!!! OP!!! OP!!! OP!!! OP!!! OP!!! OP!!!

segunda-feira, agosto 14, 2006

RIS "Quem e a burocracia mais linda, quem e?"

"Encontro"

A fotografia desta semana leva-nos a um belissimo encontro por terras britanicas. Este teve como proposito a contemplacao da imensidao burocratica que cada vez mais nos rodeia. Chamo a vossa atencao para o grande espirito de unidade presente entre os tres camaradas que organizaram este encontro.

Todos em volta de um objectivo comum, concentrados e em estado de puro movimento. Esta comunhao e representativa do espirito que se quer nutrir dentro deste nosso buro. Este evento deve tambem ser um exemplo de futuras actividades para todos os camaradas, pois uma camarada ainda e mais camarada quando esta em pleno exercicio de camaradagem!

RIS "70 x Queque"

"Incendios"

A questao burocratica que deve ser tomada em consideracao esta semana refere-se a um flagelo ciclico denomidado Incendios. Estes personagens infamios consomem em parcas horas aquilo que a burocracia precisa de dias para despachar. Pior, reduzem-na ao nada, algo que a burocracia nunca pode ser! Eliminam o trabalho, suor e dedicacao dos camaradas e relegam-no ao esquecimento.

Numa sociedade com recursos limitados, estes larapios (porque nao tem outro nome!) transformam futuros formularios e impressos a um monte de breu onde nem sequer e possivel introduzir uma mera assinatura. Criados por loucos anti-burocraticos, os incendios representam uma das maiores ameacas a uma primazia burocratica sustentada.

E premente a criacao de formularios que cortem que nem facas quentes, dilacerando as vazas deste fonemeno e reduzindo-o a cepa torta!

Se por acaso virem um louco na posse de um incendio nao temam. Reunam a vossa forca burocratica e atinjam-no com a compilacao de requerimentos extra-prazo de 2001. A burocracia tem de prevalecer!

RIS "O Camarada e Camarada e nem sabe disso!"


"O Lenhador Fofinho"

E nas florestas da Laponia que podemos encontrar um dos basteoes escondidos da nossa amada burocracia, o Lenhador Fofinho. Este individuo anonimo, que podera passar despercebido aos camaradas, deve agora receber o devido reconhecimento. O seu credito vem do facto de este ser um dos primeiros alimentadores da burocracia numa vertente mais fisica deste fenomeno.

Onde julgam que se encontram as resmas de formularios novinhos em folha em que os camaradas se podem enrolar aquando de uma bela sesta? Ate agora, para muitos, esta personagem poderia apenas ser um aparente amante de Pearl Jam, com as suas camisolas de flanela, calcas rasgadas e botas por apertar, como se tivesse sido apanhado na cama com a mulher do talhante la da terrinha e tivesse de fugir a pressa. Desenganem-se. Aqui se desvenda o seu importante papel de camarada.

Onde estariam os processos disciplinares sem o seu maravilhoso suporte fisico que e o papel? Onde estariam as obras de arte burocraticas de corredores labirinticos e interminaveis onde tudo exala a burocracia? Pois e isso que o Lenhador representa, o poder bruto da burocracia e esta propria num estado primordial. Nao nos enganemos, este representa apenas a sua fase inicial de preparacao, mas antes de chegar a excelencia, a burocracia tem de passar pelas maos deste.

Sendo assim, este deve levar o selo de Camarada, para ser reconhecido como tal, para que continue a desempenhar o seu papel de alimentador de procedimentos. A maquina nao para e os camaradas tambem nao!

Nota: A bandeira canadiana esta presente porque, no fundo, ninguem acha muita piada ao Canada. Nao se lhe pode levar a mal.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Pequeno Manual do Pequeno Camarada (pMpC)

Capitulo (-) II

NOTA EDITORIAL: O ˝pequeno Manual do pequeno Camarada˝, apesar de obra elaborada e aprovada pela Comissao para a Reeducacao Ideologica e Propaganda, é passivel de multiplas interpretacoes por parte dos pequenos camaradas, especialmente aqueles na idade-da-inocencia-de-oiro. Por estas e por outras, o CRIP recomenda a sua leitura sob supervisao de um Camarada de reconhecida lucidez burocrática e capacidade cognitiva. O mesmo já nao se aplica aos Camaradas que optam por ler a obra para, de forma nostálgica, revisitar o pequeno Camarada que ha em cada um de nós.

Título: Camaradagem Envenenada.

Índole: Capítulo Negativista.

Publico-alvo: Maiores de 4 anos.

Observacoes: O segmento literário que se segue encontra-se contra-indicado aos pequenos camaradas leitores asmáticos ou com tendencia para desenvolver dificuldades respiratórias sob sugestao. Em caso de duvida, ler sob a supervisao de um camarada com treino em assistencia médica.
...

Após o habitual acordar com a luz solar salpicada de ruidos mundanos rotineiros, o pequeno camarada Esquilito limpou as beicas das papas de aveia e fez-se `a rua. Saudando repetidamente os outros pequenos camaradas que se dirigiam para a escola, onde dia-a-dia aperfeicoavam as suas aptidoes burocraticas, o camarada Esquilito interrogava-se como seria partilhar todas aquelas experiencias de camaradagem e aprendizagem com os restantes pequenos camaradas, especialmente o camarada Augustinho, por quem nutria um verdadeiro amor fraternal. Mas todos os dias eram iguais, e este nao seria diferente. Abdicaria mais uma vez de todas aquelas delicias para servir os restantes camaradas.
O pequeno camarada Esquilito era, de facto, um esquilo e tornava-o, per si, especial. Especial porque so esquilos e hamsters podem substituir as locomotivas na infante nacao da Serbolandia, tomada e governada por senhores de fardas azuis, com grande aptidao para o xadrez. Enquanto casamento perfeito entre o exercicio intelectual e o desporto livre de movimento activo abaixo do ventre, o xadrez ocupava grande parte do tempo dos senhores de farda azul, afectando a produtividade de todos os sectores da funcao publica da Serbolandia. Incluindo os maquinistas de comboios de longo curso. Era entao funcao de todos os esquilos e hamsters (e alguns canitos doentes, em alturas de maior demanda) garantir a locomocao das carroagens, especialmente durantes os campeonatos nacionais (bisemanais) de xadrez. Tarefa vital e recheada de reponsabilidade, portanto.
Todos as manhas, assim, o pequeno camarada Esquilito sentia os carris deslizarem por baixo das suas pequenas patas. Garantida a sua educacao pelo Grupo Educacional Movel da Serbolandia (GEMS – o maior grupo economico publico deste pais) atraves de licoes privadas nos seroes e fins-de-semana, o pequeno camarada podia dedicar todas as suas energias a servir a sua patria, tao boa que ela era. E era feliz assim. Era uma vida de alegria e entrega. Alem disso os esquilos e hamsters gozavam de reforma antecipada e beneficios fiscais especiais, reconhecidos e de aprovacao por todos os restantes camaradas. Era uma boa vida.
Nesta particular manha, o pequeno camarada Esquilito reparou que uma serpente o seguia. Tinha olhos grandes e um agradavel cheiro a flores, um odor semelhante a uvas espanholas. Amigo de todos os seus camaradas, Esquilito apresentou-se: ˝Camarada serpente, cheiras muito bem! Como te chamas?˝
˝Oh, que querido!...˝, guinchou a serpente. Em seguida torneou o seu corpo e replicou com um silvo: ˝Chamo-me Agueda. Mas nao sou tua camarada.˝
Tal resposta deixou o nosso pequeno camarada confuso. Nao era camarada? Entao?
˝Nao, nao, nao querido! Sou camarada!!!˝, atirou, assustada, perante o olhar interessado de alguns transeuntes. E continuou: ˝Claro, que parvoice meu tolinho, somos todos camaradas!... mas nao sou camarada deles!˝, acrescentou num tom de voz mais reduzido. ˝Somos diferentes sabes, eu e eles!˝
ATENCAO, PEQUENOS CAMARADAS LEITORES, A TODO O TIPO DE VIOLACAO DA NOMENCLATURA APROVADA!
Esquilito nao percebeu completamente a serpente, mas encontrava-se deliciado com aquela sua nova amiga. Devolveu um sincero sorriso `a serpente e prosseguiu, ˝Camarada Águeda, muito bom dia entao! Gostei de te conhecer e vou agora trabalhar. Adeus!˝, e seguiu para a Estacao de Comboios.
O nosso pequeno Camarada Esquilito era um feliz pequeno camarada. Ainda que todo o dia rodeado por sufocantes correntes de poeira, cego por minúsculos insectos que teimavam em nao se desviar e amassado pela dureza da gravilha e do aco, o nosso pequeno Camarada Esquilito demonstrava verdadeiro orgulho e paixao pela sua prestigiada actividade. Os espirros incessantes (provocados pelo pó que lhe invadia as narinas) eram apenas mais uma das benesses daquele trabalho. ˝Por cada espirro, mais uma moedinha da Fada Forreta˝ - pensava alegremente!
No entanto, decorridas 3 horas de intensa correria na companhia do hamster Camarada Cardoso, os 5 vagoes que faziam a ligacao internacional Serbolandia - Macarrónia comecavam a pesar, e nao tardou a haver uma pausa. Absorto no jogo de xadrez que decorria `a sua beira (quartos-de-final dos Regionais Inter-Alfandegários), o pequeno Camarada Esquilito nem se deu conta da esguia presenca da serpente que atrás dele se encontrava impaciente.
˝Foste muito rápido a terminar a nossa conversa, nem sequer te apresentaste! Chamas-te…?˝
˝Camarada Esquilito, amiga Camarada Águeda! Muito prazer! Gosto muito de ti! És bem-cheirosa!!!˝, explodiu o nosso pequeno camarada, ainda meio atordoado com a surpresa.
DOMINEM A VOSSA INGENUIDADE PERANTE ESTRANHOS `A MÁQUINA BUROCRÁTICA, PEQUENOS CAMARADAS!
A cobra soltou novo silvo e rapidamente replicou ˝Lá estás tu com isso dos camaradas! Nao sou camarada de ninguém! E tu, ao fim ao cabo, também nao! Chamas-te Esquilito, só Esquilito! Qual camarada…˝
Mais surpreso ainda, o pequeno camarada arregalou ainda mais os olhos e pausou por alguns momentos, antes de recitar de forma quase mecanica: ˝Camarada faz parte da nomenclatura vigente da nossa sociedade burocrática. É parametro essencial para a…˝
˝Sim, sim, sim!...˝, interrompeu a serpente com desdém. ˝Sei isso tudo, e fico satisfeita por verificar que o aprendeste tao bem. Mas para que? Para que é que precisas que te chamem por essa palavra? É um atilho. Pior, é um empecilho, porque nao traz nada de novo, a unica coisa que faz é arrastar-se nos nomes de todos nós, atrasa-nos todos os dias, um pouco de cada vez. Nao tenho razao?˝
A NOMENCLATURA NAO INTERFERE NEM ATRASA A ESTRUTURA! PEQUENOS CAMARADAS, NOMENCLATURA É A BASE DA ESTRUTURA!
O pequeno Camarada Esquilito estava confuso, a serpente parecia certa, nao sabia muito bem. Era certo que toda a gente se tratava assim, mas como tinha tudo comecado nao sabia, nao sabia mesmo. Mas entao também podia tratar os camaradas daquela forma?
˝Podes e deves, Esquilito! Decerto nao ofendes ninguém e vais ver que te dá um maior sentido de independencia, de liberdade! A liberdade é um direito, nunca ouviste isso?˝, rematou a serpente de forma convincente. A serpente Águeda tinha razao. O pequeno camaradara estava agora certo disso.

PESE TAMBÉM A SUA INGENUIDADE, O CAMARADA ESQUILITO DESRESPEITOU A NOMENCLATURA VIGENTE. O CAMARADA ESQUILITO NAO É UM BOM PEQUENO CAMARADA!

terça-feira, agosto 08, 2006

Ao Trabalho!

A criacao d'O Partido como expoente burocratico representa um esforco de todos aqueles a que este se dedicam. Perante um situacao actual de revitalizacao do mesmo, julgo que cabe aos camaradas nao deixar este nosso conjunto ir por maus caminhos atraves da criacao de elementos motivadores de uma participacao activa. A participacao n' O Partido e um interesse pelo dia-a-dia burocratico e nao uma obrigacao, devendo tornar-se um habito natural de cumplicidade, a mesma que levou a formacao deste nosso buro. A burocracia e forte e nao vive em funcao dos camaradas terem mais ou menos tempo para lhe dispor. A burocracia nao pedincha, ela apela e motiva! Cabe-nos a nos leva-la em frente.

Apresento-me assim ao trabalho nesta comissao.

Informo desde ja a futura existencia de pequenas Rubricas de Informacao Semanais (RIS) para a reeducacao dos camaradas:

"O camarada e camarada e nem sabe disso!" tratar-se-a de uma abordagem a personagens burocraticos de diferentes relevos e dos quais os camaradas devem estar a par;

"Quem e a burocracia mais linda, quem e?" sera a apresentacao de fotografias ou trabalhos visuais que, de um modo ou outro, evoquem a burocracia;

"Evento burocratico da semana" que, como o nome diz, abordara topicos actuais.

Sem mais assunto. Viva a burocracia! Viva o OP!!

Cenoura Envenenada

Camaradas!!!

Enojado e inspirado pelas malícias da Miss Lonelly Funny Bunny, proponho ao Camarada Busílis, enquanto Presidente da CRPI, a elaboracao e publicacao dos dois primeiros capítulos negativistas do "Pequeno Manual do Pequeno Camarada" (pMpC). A título explicativo, o pMpC estará dividido em duas partes, promovendo a separacao entre capítulos positivistas ("O que devo fazer para me tornar num bom pequeno Camarada") e negativistas ("O que NAO devo fazer para me tornar num bom pequeno Camarada").

Desta forma, proponho aos restantes membros da CRPI a data 31/08/2006 para a submissao interna dos Capítulos -I e -II, entitulados "Camaradagem na Porcalhota" e "Camaradagem Envenenada", respectivamente.

Mirem as massas! CRPI em sintonia com o sublime Líder Camarada Pequenito Balariu!

Viva a Camaradagem!

Viva O Partido!!!